« liberta-me! »
Deveria estar a dormir, mas tiraste-me o sono.
Não tu, ele. O ‘ele’ novo grita-me aos ouvidos para ir e não olhar para trás,
para ir para sempre. Eu quero, quero ficar ao lado dele e não pensar mais no
passado, esse já não existe… A magoa ficou para trás, o sorriso acena-me lá a frente
e convida-me a experimenta-lo cada vez mais e mais. Gosto da sensação de dar um
passo sem a tua autorização, de mastigar sem o teu conhecimento ou mesmo
responder sem ser segundo as tuas ordens. Não sou propriedade tua! Deixa-me ir,
deixa-me ir. Larga-me e não voltes mais. Pára de pensar com o coração, pensa
com a cabeça, como eu. A maneira como foram as coisas deu-me força para
erguer-me e lutar pelo que quero, quero-o a ele! Vou mesmo parar na rua que
parecia não ter fim, vou parar ali e olhar de outra maneira para o por do sol.
Olhar contigo, tu, ‘ele’ novo. Deixa-me ir, deixa-me ir, quero começar um novo
capítulo da minha vida, quero ser diferente. Deixa-me ir, deixa-me ir,
liberta-me!