domingo, 15 de janeiro de 2012

Capítulo Seis

« liberta-me! »

Deveria estar a dormir, mas tiraste-me o sono. Não tu, ele. O ‘ele’ novo grita-me aos ouvidos para ir e não olhar para trás, para ir para sempre. Eu quero, quero ficar ao lado dele e não pensar mais no passado, esse já não existe… A magoa ficou para trás, o sorriso acena-me lá a frente e convida-me a experimenta-lo cada vez mais e mais. Gosto da sensação de dar um passo sem a tua autorização, de mastigar sem o teu conhecimento ou mesmo responder sem ser segundo as tuas ordens. Não sou propriedade tua! Deixa-me ir, deixa-me ir. Larga-me e não voltes mais. Pára de pensar com o coração, pensa com a cabeça, como eu. A maneira como foram as coisas deu-me força para erguer-me e lutar pelo que quero, quero-o a ele! Vou mesmo parar na rua que parecia não ter fim, vou parar ali e olhar de outra maneira para o por do sol. Olhar contigo, tu, ‘ele’ novo. Deixa-me ir, deixa-me ir, quero começar um novo capítulo da minha vida, quero ser diferente. Deixa-me ir, deixa-me ir, liberta-me!

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