quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Capítulo Quatro

                                                                   << reviravolta. >>


Não dormi sequer, o telemóvel não me deixava descansar. O coração parecia ser seu aliado como se quisesse que eu ficasse presa ali. Não fiquei, mas estou tentada a ficar. Não eras tu, era ele, um ele novo que apareceu como se por magia, como se alguém o tivesse chamado para eu finalmente parar o meu caminho. Não sei se vou parar, mas abrandou. O caminho parece ter-se tornado mais curto e com um brilho ao fundo do túnel. Acho que não estarei pronta, mas depois de tudo o que tu me fizeste sinto-me capaz de enfrentar o maior exército do mundo, as pessoas mais rudes e cruéis. Sinto-me superior e grandiosa, não me deitas-te a baixo, não ias conseguir… Eu sabia. Ergui-me sempre que o tentas-te. Tudo foi sem êxito, nada nem ninguém me irá mudar, eu sou assim. O novo ele é inocente, não pretende continuar o que acabas-te, pretende começar do 0 e conquistar o território, confiança e amizade. Quero conhecê-lo e tentar parar um pouco nesta rua, descobrir o que tenho a descobrir. Foste-te embora com o vento, como uma folha no Outono que nunca mais volta àquela árvore, e assim será, nunca mais voltarás para mim, eu não te quero mais. Resta-me olhar para o pôr-do-sol e esperar pelo dia de amanhã. Ele é o meu novo ‘ele’, deu-se uma reviravolta.


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